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Mostrando postagens de setembro, 2008

Isto é o meu corpo

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Há duas maneiras diferentes de olharmos as culturas juvenis: através das socializações que as prescrevem ou das suas expressividades (performances) cotidianas. A distinção entre estas duas perspectivas pode ser aclarada tomando a “dualidade primordial” proposta por Deleuze ao contrapor “espaço estriado” a “espaço liso”. O espaço estriado é revelador da ordem, do controle. Seus trajetos aparecem confinados às características do espaço que os determinam. Em contraste, o espaço liso abre-se ao caos, ao nomadismo, ao devir, ao performativo. É um espaço dionisíaco: de novas sensibilidades e realidades. A idéia que ponho em discussão aqui é a seguinte: nos tradicionais estatutos de passagem da adolescência para a vida adulta os jovens adaptavam-se a formas prescritivas que tornavam rígidas as modalidades de passagem de uma a outra fase da vida. Diríamos, então, que essas transições ocorriam em espaço estriado. No entanto, entre muitos jovens, as transições encontram-se atualmente sujeitas à