Formas de ser jovem
O final do século XIX traz mudanças profundas, é marcado por lutas sociais movidas pelos operários por melhores condições de trabalho nas fábricas do mundo capitalista. No início do século XX toda uma cultura, cujas matrizes estão no século passado havia se desenvolvido no interior do movimento operário, classes populares. Segundo Gonçalves:
No século XX, em alguns países do mundo, ocorrem revoluções que se proclamam socialistas e que vão tentar pôr em prática outros princípios de organização social. Ao mesmo tempo, no interior de países capitalistas mais desenvolvidos, os trabalhadores conquistam uma série de direitos cujo atendimento, acreditava-se, seria impossível nos marcos daquela sociedade: jornada de trabalho de oito horas, semana de cinco dias, férias remuneradas de 30 dias, salário-desemprego, aposentadoria, assistência médica gratuita e educação pública, entre outros. (2001, p.10)
Todas essas condições alcançadas pelo trabalhadores da época deram condições para que no século XX, emergisse uma cultura juvenil ampla e internacional, os costumes já começam a mudar durante os anos 50, a partir da descoberta dos anticoncepcionais, que torna o “sexo livre”, e das manifestações de rebeldia dos jovens, expressa em grande parte em torno do rock and roll, estilo de música que se torna universal. Segundo Abramo,
a ampliação, dada principalmente pelo aumento do período escolar para outros setores sociais além das classes burguesas, leva alguns autores a afirmar que é nesse momento que a juventude “nasce” como um amplo contingente social. (Abramo,1994 apud Morin, 1986; Yonnet, 1988).
As décadas de 50/60 são marcadas pela bomba atômica, segundo Gonçalves, a partir desse período “é necessário cada vez mais afirmarmos a vida até porque 1945 abre, de fato, uma nova página na história da humanidade introduzindo a possibilidade real de destruição completa de toda forma de vida.”(2001, p.61-2). É neste contexto que surgem grupos juvenis de contestação à sociedade burguesa industrial e que refletem essa preocupação de viver “o aqui e o agora”, originando uma nova percepção de tempo e de espaço, para Gonçalves (2001, p.12), os beatnik e os hippies são a expressão de movimentos que passam a exigir mudanças que antes abrangiam um plano temporal (História, futuro) e que agora se preocupam com o espacial (o quadro de vida, “o aqui e o agora”).
A década de 1960 presencia uma crescente participação no cenário político de uma série de movimentos sociais que questionam a ordem sócio-política e cultural imposta, dentre eles estavam os socialistas, comunistas, social-democratas e mesmo os anarquistas. Os primeiros grupos juvenis de contestação política surgem nos anos 50 como os “teddy boys” na Inglaterra, os “skinheads” na Alemanha e os “blusões negros” na França entre outros.
É neste cenário que plasma-se uma noção de juventude com um conteúdo de rebeldia, contestação e utopia, que permanece como uma imagem mítica desses anos. Abramo (1994, p.31) (apud Ariès, 1981, p.47) afirma que o adolescente se transforma, assim, no ‘herói do século XX’, onde passamos de uma época sem adolescência à uma época em que a adolescência é a idade favorita. Deseja-se chegar a ela cedo e nela permanecer por muito tempo.
No século XX, em alguns países do mundo, ocorrem revoluções que se proclamam socialistas e que vão tentar pôr em prática outros princípios de organização social. Ao mesmo tempo, no interior de países capitalistas mais desenvolvidos, os trabalhadores conquistam uma série de direitos cujo atendimento, acreditava-se, seria impossível nos marcos daquela sociedade: jornada de trabalho de oito horas, semana de cinco dias, férias remuneradas de 30 dias, salário-desemprego, aposentadoria, assistência médica gratuita e educação pública, entre outros. (2001, p.10)
Todas essas condições alcançadas pelo trabalhadores da época deram condições para que no século XX, emergisse uma cultura juvenil ampla e internacional, os costumes já começam a mudar durante os anos 50, a partir da descoberta dos anticoncepcionais, que torna o “sexo livre”, e das manifestações de rebeldia dos jovens, expressa em grande parte em torno do rock and roll, estilo de música que se torna universal. Segundo Abramo,
a ampliação, dada principalmente pelo aumento do período escolar para outros setores sociais além das classes burguesas, leva alguns autores a afirmar que é nesse momento que a juventude “nasce” como um amplo contingente social. (Abramo,1994 apud Morin, 1986; Yonnet, 1988).
As décadas de 50/60 são marcadas pela bomba atômica, segundo Gonçalves, a partir desse período “é necessário cada vez mais afirmarmos a vida até porque 1945 abre, de fato, uma nova página na história da humanidade introduzindo a possibilidade real de destruição completa de toda forma de vida.”(2001, p.61-2). É neste contexto que surgem grupos juvenis de contestação à sociedade burguesa industrial e que refletem essa preocupação de viver “o aqui e o agora”, originando uma nova percepção de tempo e de espaço, para Gonçalves (2001, p.12), os beatnik e os hippies são a expressão de movimentos que passam a exigir mudanças que antes abrangiam um plano temporal (História, futuro) e que agora se preocupam com o espacial (o quadro de vida, “o aqui e o agora”).
A década de 1960 presencia uma crescente participação no cenário político de uma série de movimentos sociais que questionam a ordem sócio-política e cultural imposta, dentre eles estavam os socialistas, comunistas, social-democratas e mesmo os anarquistas. Os primeiros grupos juvenis de contestação política surgem nos anos 50 como os “teddy boys” na Inglaterra, os “skinheads” na Alemanha e os “blusões negros” na França entre outros.
É neste cenário que plasma-se uma noção de juventude com um conteúdo de rebeldia, contestação e utopia, que permanece como uma imagem mítica desses anos. Abramo (1994, p.31) (apud Ariès, 1981, p.47) afirma que o adolescente se transforma, assim, no ‘herói do século XX’, onde passamos de uma época sem adolescência à uma época em que a adolescência é a idade favorita. Deseja-se chegar a ela cedo e nela permanecer por muito tempo.
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